SUPLEMENTOS DE CREATINA FAZEM MAL???
Afinal, suplementos de creatina
fazem mal? Tomar creatina melhora o desempenho atlético? Creatina é
anabolizante? Saiba o que os trabalhos científicos dizem.
Atenção: não confunda creatina
com creatinina (leia: O QUE É CREATININA ?). Mais a frente eu explico a
diferença.
Suplementos de creatina começaram
a ser usados por desportistas no início da década de 1980, ganhando grande
popularidade na década seguinte após extensa divulgação na mídia do seu uso por
atletas ganhadores da medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona em 1992.
Atualmente nos E.U.A cerca de 50%
dos atletas universitários, 25% dos jogadores de basquetebol da NBA e 50% dos
profissionais do futebol americano, referem consumir creatina regularmente para
otimização do desempenho esportivo.
Suplementos de creatina
É bom deixar claro que a creatina
não é um esteróide anabolizante, popularmente conhecido como "bomba"
(leia: ESTERÓIDES ANABOLIZANTES - EFEITOS COLATERAIS). Também não é considerado
doping por nenhuma organização internacional, incluindo o comitê olímpico
internacional.
Antes de falarmos dos efeitos
deste suplemento, sejam eles benéficos ou não, vamos entender o que é a
creatina e qual a lógica por trás do seu uso, seja na academia do seu bairro ou
por desportistas em competições internacionais.
O que é creatina?
A creatina é um aminoácido
presente em todos os animais vertebrados. Nosso corpo, sejamos atletas ou não,
produz creatina através de proteínas consumidas na alimentação. A creatina é
sintetizada nos rins e fígado, sendo transportada para ser armazenada nos músculos.
A principal função da creatina é
fornecer energia para a contração dos músculos. Nas próximas linhas vou tentar
simplificar um mecanismo fisiológico complexo. É importante ler com calma a
próxima parte para pode entender por que a creatina funciona para alguns
atletas e não para outros.
Como funciona a creatina?
Como todo mundo sabe, os nossos
músculos precisam de energia para funcionar. Esforços explosivos com demanda de
força máxima do músculo, como no levantamento de peso ou na corrida de 100 metros
rasos, são feitos através de um sistema energético chamado de fosfagênio.
A energia para os chamados
esforços explosivos é fornecida após uma reação química onde um necleotídio
(compostos ricos em energia) chamado adenosina trifosfato (ATP) perde uma
molécula de fósforo virando adenosina difosfato (ADP). Cada vez que um ATP é
transformado em um ADP, há liberação de uma quantidade de energia que é usada
pelo músculo para se contrair.
Imagine-se agora em uma academia
de musculação. Você está em repouso e seu músculo está repleto de ATP. Você
então, começa a fazer um exercício muscular com algum peso. O seu ATP muscular
começa a ser quebrado rapidamente em ADP, liberando energia para que o seu
músculo aguente o peso. O seu esforço é tão grande que em poucos segundos você
consome todo o seu ATP e, a partir de então, já não consegue mais levantar o
peso proposto. Você agora precisa descansar um pouco e esperar que os músculos
voltem a ficar repletos de ATP.
Mas aonde entra a creatina nesta
história? A creatina é a substância que mais rapidamente consegue fornecer de
volta a molécula de fósforo, transformando o ADP novamente em ATP.
O nome correto da creatina é
fosfocreatina. Neste processo de restauração do ATP, a fosfocreatina perde sua
molécula de fósforo sendo posteriormente transformada em creatinina, uma
molécula sem função que acaba sendo eliminada na urina. Como a creatinina é
completamente eliminada pelos rins, ela serve como um marcador da função renal.
Quando a creatinina começa a se acumular no sangue significa que os rins não
estão trabalhando bem.
Creatina + ATP
Na verdade, em esforços grandes e
explosivos todo o ATP muscular é consumido em aproximadamente 3 segundos.
Graças a creatina o músculo consegue prolongar seus estoques de ATP por pelo
menos 10 segundos. Após esse tempo toda a creatina disponível é convertida em
creatinina, e o ADP já não é mais imediatamente convertido em ATP.
Surge então, o segundo modo de se
produzir ATP, através do consumo dos estoques de glicose muscular (glicogênio)
sem oxigênio. Este modo não restaura o ATP rápido o suficiente para exercícios
de máxima utilização muscular que gastam ATP em ritmo frenético. Porém, para
exercícios do tipo jogar futebol, nadar, ou corridas de média distância, ele é
mais do que suficiente.
O terceiro e último modo de se
criar energia é através do consumo de glicose com oxigênio. Este é o modo usado
nas atividades aeróbicas, como correr, pedalar ou nadar em ritmo cadenciado.
Nestas modalidades o consumo de ATP é bem mais lento e, por isso, sua reposição
também pode ser mais lenta.
Na verdade sempre existe uma
interposição entre os 3 sistemas. Quando se joga futebol, por exemplo, acabamos
por utilizar os 3 mecanismos em momento diferentes da partida. Porém, essa é
uma atividade que usa predominantemente o consumo de glicose como modo de se
gerar ATP. Na musculação, onde os exercícios duram poucos segundos, usamos
basicamente o sistema da creatina.
Suplementos de creatina
funcionam?
Baseado no que foi explicado
acima é fácil entender a lógica por trás da suplementação de creatina. Se
houver mais creatina disponível no corpo, maior será o tempo que o sistema
fosfagênio (ATP+creatina) consegue manter a geração de energia para atividades
esportivas explosivas.
A história da creatina é muito
bonita e faz todo o sentido, mas a ciência é feita com comprovação prática das
teorias. E aí surgem as primeiras controvérsias.
Os primeiros trabalhos
apresentavam resultados conflitantes. Enquanto alguns pesquisadores conseguiam
demonstrar ganhos efetivos de massa muscular e rendimento com os suplementos de
creatina, outros não conseguiam apresentar os mesmos resultados. Na verdade
esses resultados discrepantes ocorriam porque existiam muitas diferenças entre
os grupos analisados, seja na idade, tempo de treinamento, tipo de esporte
praticado etc...
Atualmente, após quase 20 anos de
investigação, já há algum consenso entre os pesquisadores. A creatina parece
sim proporcionar real ganho de massa muscular quando associado a um programa
rotineiro de musculação. Porém, até 20% da pessoas, não se sabe bem por que,
não apresentam nenhum benefício com esse suplemento. Os efeitos em mulheres e
homens mais velhos são menos evidentes.
Também não há evidências claras
de benefícios para atividades que não usam predominantemente o sistema
fosfagênio (ATP+creatina). Entre elas podemos citar: corrida (exceto 100 e 200
metros rasos), natação e ciclismo.
A creatina é normalmente vendida
sob a forma de creatina monohidratada.
Efeitos colaterais da creatina
Um dos grandes atrativos da
creatina é o rápido efeito visual do produto. Em 1 semana já há ganho de peso e
algumas pessoas realmente parecem apresentar algum grau de hipertrofia
muscular. Porém, um ganho tão rápido costuma indicar apenas retenção de
líquidos, o que pode ocorrer em suplementos de creatina que possuem elevado
teor de sódio.
Apesar de ainda não haver estudos
definitivos, os suplementos de creatina, quando de boa qualidade e usados na
dose recomendada, não parecem estar associados a nenhum efeito colateral
importante em indivíduos saudáveis.
Já é comprovado cientificamente
que excesso de aminoácidos e proteínas causam aceleração da perda de função dos
rins em pacientes com insuficiência renal crônica (leia: INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA), por isso, o uso de creatina nestes pacientes é contra-indicado. Na
verdade, como ainda existem poucos estudos sobre a segurança dos suplementos de
creatina, seu uso é desaconselhado em
pessoas que não sejam completamente saudáveis.
Os efeitos colaterais mais comuns
da creatina são náuseas, diarréias, câimbras (leia: TUDO SOBRE CÂIMBRAS) e
desidratação. Existe ainda a hipótese de uma relação entre o consumo de
creatina e aumento na incidência de cálculos renais (leia: SINTOMAS DO CÁLCULO
RENAL / PEDRA NOS RINS). Em pessoas com asma, a creatina pode causar
exacerbações da doença.
Conclusão em relação aos
suplementos de creatina
A creatina proporciona sim, ganho
de performance e massa muscular para atividades de explosão muscular
não-aeróbicas. Porém, é necessário um programa de treino regular. É importante
frisar que o produto não é livre de efeitos colaterais, e não são todas as
pessoas que conseguem obter vantagens com o seu consumo.
Atualmente o consenso é de que a
creatina em doses até 20g por dia não faz mal a saúde, porém, ainda não há
evidencias inequívocas de sua segurança a longo prazo. A creatina deve
preferencialmente ser tomada com supervisão de um médico especializado em atividades
esportivas e um profissional de educação física.
Formulações de baixa qualidade e
pouco controle técnico podem apresentar impurezas potencialmente danosas ao
organismo.
Leia o texto original no site
MD.Saúde: SUPLEMENTOS DE CREATINA FAZEM MAL? http://www.mdsaude.com/2010/03/creatina.html#ixzz1kMfDTW8w
Leia o texto original no site MD.Saúde: SUPLEMENTOS DE CREATINA FAZEM MAL? http://www.mdsaude.com/2010/03/creatina.html#ixzz1kMcrkHX4
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Leia o texto original no site MD.Saúde: 10 SINTOMAS DE DOENÇA RENAL http://www.mdsaude.com/2011/10/sintomas-doenca-renal.html#ixzz1kIx4DnGT
http://www.mdsaude.com/2008/01/postagens-sobre-nefrologia.html
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Dicionário do Coração - Termos e Procedimentos
Para fazer uma consulta no Dicionário do Coração, basta clicar na primeira letra do que se está buscando. Algumas palavras são sublinhadas e isso significa que são links para outras informações neste site ou em outros. As palavras estão relacionadas às doenças arteroscleróticas que causam o "entupimento" das artérias, como as doenças do coração (cardiovasculares) e do cérebro (derrame ou acidente vascular cerebral).
FONTE: http://prevencao.cardiol.br/BIBLIOTECA/principal.asp#
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Receitas Saudáveis
Veja aqui algumas receitas que podem contribuir para uma vida saudável.
Clique nas opções acima.
FONTE: http://prevencao.cardiol.br/receitassaudaveis/principal.asp
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EXERCÍCIO FÍSICO
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FONTE:http://prevencao.cardiol.br/emforma/exercicio/lista.html
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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
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DIABETES
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